Irmã Dulce – a primeira Santa Brasileira

O dia 13 de outubro de 2019 é marcado pela canonização de Irmã Dulce, que se torna a primeira santa brasileira. Após a cerimônia, comandada pelo Papa Francisco, ela passa a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres.

A canonização, em suma, vem após reconhecimento de dois milagres atribuídos à freira baiana. Em resumo, um reconhecimento aconteceu em outubro de 2010, e outro em maio de 2019, ano da canonização.

Qual a história da Irmã Dulce?

Irmã Dulce primeira santa brasileira

Ao se tornar a primeira santa brasileira, muitos podem perguntar, mas qual a história da Irmã Dulce? Bem, vamos dar os detalhes que a colocaram neste patamar tão importante na história.

Irmã Dulce era uma religiosa católica, baiana, que dedicou a vida a auxiliar os pobres e doentes. Em 2010, foi beatificada pelo Papa Bento XVI, quando ganhou um novo título. Desde então, a freira passou a ser chamada de Bem-aventurada Dulce dos Pobres.

A religiosa nasceu em Salvador, capital da Bahia, no dia 26 de maio do ano de 1914. O pai dela, Augusto Lopes Pontes, era dentista e lecionava na Universidade Federal da Bahia. A mãe se chamava Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

Desde criança, ela vivia rezando e já queria seguir a vida religiosa. Mas ainda pedia sinais que mostrassem se ela deveria mesmo optar por este caminho. Em síntese, quando ainda era adolescente, começou a atuar ajudando mendigos, doentes e pessoas necessitadas.

O que Irmã Dulce fez de importante?

Primeira santa brasileira

Em resumo, além de dedicar a vida a ajudar os necessitados, o que já é importante por si só, teve milagres atribuídos a ela. Mas vamos responder cronologicamente, portanto, o que Irmã Dulce fez de Importante?

Quando tinha apenas 22 anos, em 1936, a freira baiana fundou a União Operária São Francisco. Ela fez isso ao lado do frei Hildebrando Kruthaup. Também foi responsável por criar o Colégio Santo Antônio, focado nos operários e famílias deles.

No convento de Santo Antônio, por exemplo, ela foi uma das criadoras de um albergue para enfermos. O mesmo espaço se tornou, anos depois, o Hospital Santo Antônio.

Realizações de Irmã Dulce

Santa Dulce dos Pobres

Em 1980, recebeu a primeira visita do Para João Paulo II. Irmã Dulce foi convidada a subir ao altar, onde foi presenteada pelo líder da Igreja Católica com um terço. Foi registrado que o pontífice disse a ela as palavras: “Continue, Irmã Dulce, continue”.

Ela foi nomeada, em 1988, ao Nobel da Paz pelo presidente à época, José Sarney. Mas a rainha da Suécia também apoiou a nomeação da religiosa, ciente do trabalho dela.

No ano de 2000, já após a morte, o Papa João Paulo II deu a ela um novo título. Por ter passado mais de 50 anos ajudando os pobres e doentes, ela ganhou o título de “Serva de Deus”.

Primeiro milagre de Irmã Dulce

Milagres de Santa Dulce dos Pobres

O primeiro milagre de Irmã Dulce foi reconhecido pela Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano em 2010. Em 2001, uma mulher, também baiana, foi desenganada pelos médicos após o parto. Ela estava com uma hemorragia muito forte e, sem dúvida, para os especialistas, não sobreviveria. A mulher então recorreu à Irmã Dulce.

A mãe passou por três cirurgias em menos de 18 horas, mas o sangramento não parava. O milagre aconteceu quando, sem nenhuma intervenção médica registrada, o sangramento estancou. A recuperação da paciente, em suma, foi impressionante e inacreditável depois disso.

Médicos e peritos analisaram o caso e concluíram que se tratava de uma situação preternatural. Ou seja, um caso que a ciência não conseguira explicar. Em conclusão, o Vaticano solicitou que a mãe e a criança tivessem as identidades mantidas em sigilo.

Portanto, após a confirmação de um primeiro milagre, ocorre o processo de beatificação, que foi concluído pelo Papa Bento XVI, em 2011.

Segundo milagre de Irmã Dulce

O segundo milagre de Irmã Dulce foi reconhecido após um homem voltar a enxergar depois de 14 anos cego. Neste caso, o agraciado teve a identidade revelada. Trata-se do maestro Maurício Moreira.

Em resumo, ele perdeu a visão no ano de 2000, devido ao glaucoma. De acordo com o relato do músico, em 2014, muitos anos após ficar cego, ele teve outro problema. Devido a um derrame no olho e uma conjuntivite, estava sofrendo com fortes dores.

O homem, com 50 anos na época, disse que encostou a imagem da beata nos olhos e pediu para não sentir dor. Relata, em suma, que não pediu para voltar a ver, e sim para que a dor parasse, pois queria ter uma noite de sono tranquila e sem sofrimento.

Ainda no relato, disse que rezou com muita fé à Irmã Dulce e, em seguida, ficou com sono e dormiu. Quando acordou, a esposa do maestro tinha colocado compressas nos olhos dele para tratar do problema. No momento em que tirou as compressas, o maestro disse que começou a ver o vulto da própria mão.

Três semanas depois, ele estava enxergando novamente e os médicos não conseguiram explicar como.

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Irmã Dulce e Madre Tereza
Irmã Dulce e Madre Tereza

Quando nasceu Irmã Dulce?

Dedicando toda a vida aos mais necessitados, desde a adolescência, a religiosa nasceu em 26 de maio de 1914. Já na infância, a princípio, já demonstrava sinais de compaixão e amor ao próximo. As pessoas mais pobres e os enfermos despertavam a empatia e vontade de ajudar na menina.

Foi na adolescência que ela começou, enfim, a se dedicar efetivamente às pessoas que mais precisavam. Certamente, a carreira foi acertada, já que o amor pelo que fazia a destacou. Devido a tudo que fez, e a milagres atribuídos a ela, Irmã Dulce é a primeira santa nascida no Brasil.

Em que ano morreu a Irmã Dulce?

A freira começou a mostrar que sofria de problemas respiratórios, mas continuou trabalhando. Quando não apresentavam mais condições de ajudar aos pobres, foi internada no Hospital Português da Bahia. Enfim, o estado dela se agravou e foi necessária uma transferência para o Hospital Aliança, onde ficou na UTI.

Muito debilitada, a primeira santa brasileira, ainda freira na época, foi novamente transferida, para o Hospital Santo Antônio. Lá, em suma, ela recebeu a visita do Papa João Paulo II. Ele realizou a benção e a extrema-unção da fiel, já demonstrando a importância dela dentro da Igreja.

Mas em que ano morreu a Irmã Dulce?

Após os rituais e presença do Papa, pouco tempo depois ela faleceu. Irmã Dulce morreu na cidade onde nascera, Salvador, no dia 13 de março de 1992.

Irmã Dulce e Papa João Paulo segundo
Irmã Dulce e Papa João Paulo II

Qual era o nome da Irmã Dulce?

Mesmo com tanto já contado sobre esta figura nacional de suma importância, muitos não se contentam apenas com a alcunha de Irmã Dulce. Ou seja, as pessoas ainda perguntam: Qual era o nome da Irmã Dulce? Pois, bem, vamos a este detalhe também.

A freira baiana, considerada a primeira santa do Brasil a partir de 13 de outubro de 2019, tinha um nome longo. Enfim, o nome de batismo dela é Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes. Portanto, apesar da forma como é conhecida, não tem “Dulce” no nome. Mas a mãe dela se chamava Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

Qual a nacionalidade da Irmã Dulce?

Mas afinal, qual é a nacionalidade da Irmão Dulce? Vamos à resposta.

A freira Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes é brasileira de nascimento. Ela é soteropolitana, ou seja, nasceu na capital baiana, Salvador. Ela usou os primeiros anos de vida se perguntando se deveria seguir o caminho religioso. Enfim, acabou escolhendo por ele.

A dedicação e os feitos realizados por ela a colocaram na lista de beatificação e, sem dúvida, de canonização do Vaticano. Três Papas cuidaram das etapas do processo. João Paulo II foi o primeiro a reconhecer e dar destaque à religiosa. Bento XVI a beatificou, ou seja, a tornou a Bem-aventurada Dulce dos Pobres. A canonização é por conta do Papa Francisco, e ela passa a ser conhecida como Santa Dulce dos Pobres.

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