Quando dois cães se encontram, a primeira coisa que fazem é cheirar o traseiro um do outro. E não pense que os gatos ficam de fora dessa: eles também têm seus momentos de farejamento íntimo. Mas por que esse comportamento é tão comum entre nossos amigos de quatro patas?
O “Noticiário” dos Cães
Os cães têm uma razão bastante prática para essa cheiradinha. Segundo Ellen Furlong, professora associada de psicologia especializada em cognição animal na Universidade da Transilvânia, em Lexington, Kentucky, os cães usam o olfato para obter uma quantidade impressionante de informações sobre seus colegas caninos.
Eles conseguem identificar o estado de saúde, o que o outro cão comeu, e até mesmo o estado reprodutivo. Isso acontece graças aos sacos anais, pequenas glândulas localizadas próximas ao ânus que liberam um coquetel de substâncias químicas. Essas secreções são como um boletim informativo cheio de dados importantes para o cão farejador.
A Supersensibilidade do Olfato Canino
O olfato dos cães é de 10.000 a 100.000 vezes mais sensível que o dos humanos. Eles conseguem detectar uma parte por trilhão, o que é realmente incrível. É como se cada cachorro tivesse um superpoder olfativo!
E os Gatos?
Os gatos também têm seu próprio jeito de farejar o traseiro dos amigos felinos. Segundo Kristyn Vitale, professora assistente de saúde e comportamento animal na Unity Environmental University, no Maine, os gatos usam o olfato para identificar se outro gato é conhecido ou desconhecido, bem como seu sexo e estado reprodutivo.
Assim como os cães, os gatos possuem glândulas que produzem substâncias químicas específicas. Pesquisas recentes da Universidade da Califórnia, Davis, mostraram que as glândulas anais dos gatos contêm uma variedade de bactérias que ajudam a produzir essas secreções com odores distintos, facilitando a comunicação entre eles.
A Química da Comunicação
Tanto cães quanto gatos dependem dessas interações olfativas para se comunicar. As bactérias presentes nas glândulas anais desempenham um papel crucial na produção dos sinais químicos. Esses sinais ajudam os animais a reconhecerem uns aos outros e a estabelecerem suas redes sociais, tudo através de um simples e eficiente “cheirinho”.
Conclusão
Então, da próxima vez que você ver seu cão ou gato envolvido em uma sessão de farejamento, lembre-se: eles estão apenas se atualizando sobre as últimas novidades do mundo animal, utilizando um método de comunicação altamente sofisticado e eficiente. Pode não ser muito agradável para nós humanos, mas para eles, é essencial!
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