Enorme réptil marinho antigo é identificado a partir de descoberta amadora de fósseis

No fascinante mundo dos fósseis, uma descoberta espetacular foi feita graças ao olhar atento e à paixão de amadores de fósseis dedicados. Cientistas recentemente identificaram o que pode ser o maior réptil marinho a já nadar nos oceanos, e sua história é tão extraordinária quanto seu tamanho.

Imagine um réptil marinho gigantesco, mais longo do que dois ônibus, nadando graciosamente nos oceanos antigos, em uma época em que os dinossauros reinavam supremos sobre a terra. Bem, isso não é apenas imaginação exagerada; é uma realidade incrível que foi revelada através de descobertas acidentais de fósseis nas praias de Somerset, no Reino Unido.

Enorme réptil marinho antigo é identificado a partir de descoberta amadora
(Dean Lomax)
Enorme réptil marinho antigo é identificado a partir descoberta amadora de fósseis
(Tony Jolliffe BBC)

A história começa em 2016, quando Paul de la Salle, um caçador de fósseis ávido, descobre uma mandíbula fossilizada em uma praia de Somerset. Uma descoberta que mudaria o curso de sua vida e abriria caminho para uma revelação científica sem precedentes. Essa primeira descoberta foi o primeiro vislumbre desse gigante pré-histórico e rapidamente atraiu a atenção de pesquisadores e entusiastas de todo o mundo.

Mas isso foi apenas o começo de uma jornada extraordinária. Em 2020, outra mandíbula semelhante foi descoberta por um pai e sua filha, Justin e Ruby Reynolds, em Blue Anchor, a poucos quilômetros de distância. Essa nova descoberta forneceu aos cientistas evidências adicionais necessárias para estimar o tamanho dessa criatura misteriosa.

fosseis dinossauros
(Tony Jolliffe/BBC)

Com fragmentos de fósseis espalhados pelas praias de Somerset, uma equipe de pesquisadores e amadores de fósseis embarcou em uma busca para reconstruir a história dessa criatura extraordinária. E após anos de pesquisa, eles finalmente conseguiram montar as peças do quebra-cabeça, revelando assim uma nova espécie de ictiossauro, o Ichthyotitan severnensis, ou o gigante do peixe do Severn.

Essa descoberta não é apenas uma vitória para a ciência, mas também um testemunho da paixão e determinação dos amadores de fósseis. Paul, o caçador de fósseis cuja descoberta desencadeou essa incrível aventura, está prestes a ver seu tesouro exposto ao público no Museu e Galeria de Arte de Bristol.

Enorme réptil marinho antigo é identificado a partir de fósseis
(Gabriel Ugueto)

Enquanto Paul se prepara para se despedir dessa relíquia pré-histórica, ele está cheio de uma mistura de emoções. “Vou ficar um pouco triste em dizer adeus. Aprendi e estudei tanto em detalhes. Mas também é um alívio porque não terei que me preocupar tanto com isso”, confessa.

Essa história notável destaca a importância dos amadores de fósseis na pesquisa científica e nos lembra que, às vezes, as maiores descobertas estão nos lugares mais inesperados. Então, da próxima vez que você estiver passeando por uma praia, mantenha os olhos abertos – quem sabe que maravilha pré-histórica você poderá descobrir?

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