A cultura é algo que ainda faz com que muitos países não se entendam. Em grande parte dos países ocidentais, por exemplo, comer cães e gatos é algo inconcebível, certo? Já em outros lugares do mundo, é algo normal. Um atleta olímpico resgatou 90 cães que virariam comida da Coreia do Sul, e isso diz muita coisa.
A Coreia do Sul está entre os países mais avançados do mundo em termos de tecnologia. Por outro lado, é um dos poucos que ainda mantém fazendas de criação e abate de cães para consumo. Lembrando que é algo cultural.
Outros países ainda consomem carne de cachorro, mas não mantém fazendas de criação.
Gus Kenworthy já tinha voltados dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, com dois cães resgatados, encontrados na Vila Olímpica. E na última edição do evento, na Coreia, ele e o namorado, o ator Matthew Wilkas, visitaram algumas das fazendas.
Como resultado, trouxeram 90 animais para Estados Unidos e Canadá, que serão adotados.
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Atleta olímpico fez questão de não desrespeitar cultura coreana
Ao se manifestar sobre o caso, Kenworthy afirmou que o problema não era a cultura de consumo de cães em si. Segundo o atleta, o problema eram as formas de tratamento. Os animais que seriam abatidos viviam em condições precárias, desumanas.
“No país há 2,5 milhões de cães criados para virarem comida nas condições mais perturbadoras que se possa imaginar. E sim, há aqui um argumento que tem de ser utilizado de que comer cachorro faz parte da cultura coreana e, apesar de eu não concordar com isso, concordo que não é o meu papel impor os ideais ocidentais aqui. Mas a forma como estes animais são tratados, no entanto, é completamente desumana e a cultura não pode ser um escape para a crueldade”, disse ele.
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Haviam dito a ele que os cães eram mantidos em boas condições. Isso, pois bois e vacas que são criados para abate, por exemplo, também precisam viver em boas condições. Mas no local ele viu cachorros expostos à neve, passando frio e presos em pequenas jaulas.
Com apoio da Human Society International, eles retiraram 90 animais do local e levaram para a América. Gus e Matthew ficaram com um deles, uma fêmea, que chamaram de Beemo.